Quando Jesus estava a escolher os seus doze discípulos, ele usou a seguinte expressão: “segue-me”(ver João 1:43). Naqueles dias, esta maneira de convidar, ou desafiar, tinha um significado que era do conhecimento de toda a gente.

“segue-me” significava: seja meu discípulo. Ser discípulo, por sua vez, significava almejar aprender com o mestre, ser como o mestre, viver como o mestre e fazer as coisas que o mestre fazia.

Depois de escolher os seus doze discípulos e realizar alguns milagres, multidões de pessoas começaram a segui-Lo. Podemos observar, nos Evangelhos, que Jesus estava sempre acompanhado por dois grupos de pessoas: os discípulos e as multidões. Os doze discípulos estavam sempre com Ele, mas em todos os lugares por onde passava também era seguido por numerosas multidões.

É interessante ler a Bíblia tendo atenção à maneira que Jesus se relacionava com essas multidões. É fácil observar que Ele tratava as multidões de uma forma muita simpática. Em Marcos 3:7-8, vemos que as multidões o seguiam por causa das coisas que ele realizava. E em Marcos 12:37, percebemos que as multidões tinham prazer em ouvir os seus ensinamentos.

Sabemos que as multidões que seguiam a Jesus eram compostas por vários tipos de pessoas. No meio daquelas multidões de 5 mil ou mais pessoas, havia certamente muita gente que vivia de uma forma muito contrária aos valores do Mestre. Mesmo assim, Jesus estava sempre disposto a servi-las. Ele sempre tinha uma palavra para essas pessoas. Ele curava os seus enfermos, expulsava os seus demónios e até as alimentava através dos milagres de multiplicação de pães e peixes. E, enquanto os discípulos observavam a maneira que Jesus lidava com as multidões, aprenderam devidamente a importância de servir bem a todas as pessoas.

Quando Jesus estava prestes a ascender aos céus, Ele comissionou Seus discípulos dizendo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19). A ordem de Jesus aos discípulos era para que eles fizessem novos discípulos. Eles tinham aprendido a servir as multidões, mas nunca deveriam esquecer da essência de seus ministérios: fazer discípulos. Hoje, o nosso ministério deve seguir o mesmo exemplo.

Não podemos rejeitar ou ficar indiferentes às multidões, ainda que estejam a viver em pecado. Na verdade, enquanto ministramos às multidões, o Espírito Santo tocará os corações de muitos e alguns desejarão se tornar discípulos. Portanto, não podemos nos esquecer desse princípio em nossos ministérios: Servir às Multidões e Fazer Discípulos.

As multidões devem ser tratadas com respeito, consideração e amor. Temos que oferecer-lhes uma palavra de Deus, com cura, libertação, aconselhamento e outras formas de apoio. Em relação aos discípulos, eles não estarão apenas na posição de receber e ser ministrados. Dos discípulos, espera-se um certo posicionamento responsável e frutífero. Jesus sempre soube diferenciar a maneira de lidar com as multidões da maneira de lidar com os discípulos. O padrão para os discípulos sempre foi mais alto!

Sabendo que havia pessoas nas multidões que desejavam se tornar seus discípulos, Jesus lhes dizia antecipadamente quais eram as exigências: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23). E ao lermos Lucas 9:57 a 62, percebemos que o nível de comprometimento que Jesus esperava dos discípulos era altíssimo. De um discípulo, espera-se um carácter aprovado, uma dedicação sacrificial, relacionamentos maduros e saudáveis, serviço frutífero e um constante aperfeiçoamento.

Actualmente, os nossos ministérios precisam aprender a servir melhor às multidões, para que mais pessoas sejam atraídas para Deus. E, das multidões bem alimentadas, Deus levantará novos discípulos para realizar o Seu propósito com graça e autoridade.

(Autoria: Sidson Novais)

 

Observação: Para ler mais sobre esse tema, poderá adquirir o livro “Servir as multidões e fazer discípulos” na Missão Cristã Internacional.